No último domingo (28), o Dia do Senhor, as paróquias de nossa Diocese da Campanha não celebraram o IV Domingo do Tempo Comum, mas sim o Aniversário de Dedicação da Igreja Catedral de Santo Antônio, nossa Sé Campanhense. Dom Pedro Cunha Cruz, nosso sétimo Bispo Diocesano, presidiu a Santa Missa, às 10h, com a presença de muitos fiéis.
A Catedral foi consagrada a Deus para o culto divino e para ser fonte dos dons ofertados aos homens e mulheres no dia 28 de janeiro de 1957, por Dom Inocêncio Engelke, segundo Bispo de nossa Diocese.
Durante a homilia, Dom Pedro ressaltou que quando festejamos a dedicação de uma igreja somos chamados a reavivar a chama do nosso Batismo e a entendermos a Igreja não só no seu aspecto histórico, mas também na dimensão que é: Cristo cabeça e todos nós membros do seu Corpo Místico. Por isso, mais importante do que o aspecto histórico, somos chamados pela riqueza da liturgia da Palavra a refletir sobre o significado da Igreja no mundo de hoje.
Ao citar a Lumen Gentium, documento conciliar do Vaticano II, enfatizou que a Igreja é o Povo de Deus, o Mistério e a composição do Ministério Ordenado, ou seja, todos fazem parte de uma e mesma Igreja, aqueles que fazem parte do sacerdócio comum ou ministerial.
Comentando os versículos da 1ª Carta de Paulo aos Coríntios, propostos para essa liturgia, Dom Pedro enfatizou que na Igreja não pode haver divisões, portanto não pode ser e nem tampouco se sentir Igreja aquele que as semeiam. Uma Igreja autêntica, é uma Igreja que consegue superar as divisões no seu interior, uma vez que cada peça da construção deve formar um único mosaico, como cada pedra de nossa Catedral forma uma harmonia arquitetônica. A Igreja, pertencente à história da salvação, é chamada a ser no mundo sinal do amor unitivo para todo o gênero humano. Assim, como nos pede o Papa Francisco, é necessária uma Igreja samaritana, acolhedora e missionária, principalmente do diálogo como mostra a passagem de Jesus com a mulher samaritana. Toda a existência cristã se alimenta da fonte da revelação que é Jesus Cristo que se revela a todos que têm sede.
Enfim, “somos simples servidores e colaboradores de Deus”, afirmou nosso bispo diocesano. Todos nós somos santuário de Deus pelo seu Espírito que habita em nós e que tem como alicerce Cristo Jesus. Desse modo, enquanto a Igreja estiver na história, como Corpo Místico de Cristo, ela terá essa missão que é nossa missão de levar o Evangelho Vivo que transforma os corações.
Salve Igreja Mãe, da Sé da Campanha,
Salve ó Catedral, Santo Antonio é teu guardião, sob o olhar da Senhora do Carmo que congregas aqueles que marcham rumo à Igreja triunfante no céu.
Pe. João Paulo Gonçalves de Carvalho – Pascom diocesana
Fotos: Pascom paroquial da Catedral