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SOLENE CELEBRAÇÃO É REALIZADA NA CATEDRAL EM CAMPANHA

SOLENE CELEBRAÇÃO É REALIZADA NA CATEDRAL EM CAMPANHA

DSC 0438SEMINARISTAS DO CURSO DE TEOLOGIA E ASPIRANTES AO DIACONADO PERMANENTE RECEBEM O MINISTÉRIO DO LEITORADO NA MESMA CELEBRAÇÃO EM QUE FORAM EMPOSSADOS CHANCELER, ECÔNOMO E VIGÁRIO GERAL DA CÚRIA

Na manhã deste domingo, 19 de janeiro, na catedral Santo Antônio de Campanha/MG, os aspirantes ao Diaconado Permanente da Escola Diaconal São Lourenço Mártir e os seminaristas do segundo ano do curso de teologia da Comunidade Teológica Senhora do Carmo receberam o ministério do Leitorado em celebração presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz. Na mesma ocasião, tomaram posse canônica, os padres que ocuparão as funções de vigário geral, ecônomo e chanceler na cúria.

A celebração foi concelebrada pelos padres: Alex José Adão (diretor da Escola Diaconal – paróquia Sagrado Coração de Jesus – Carvalhos); Sérgio Roberto Monteiro (reitor do Seminário Teológico); Rafael Reis Soares (paróquia Santana – Varginha); Bruno César Dias Graciano (paróquia São Lourenço mártir); Luzair Coelho de Abreu (paróquia Santo Antônio – Campanha); Elias Tadeu de Souza (paróquia Frei Galvão – Varginha); Jeferson Silvério Gonzaga (betharramita) e Heitor Aparecido Rafael, scj (paróquia Divino Espírito Santo – Varginha).

Posse canônica

Após a saudação episcopal, logo no início da celebração, tomaram posse os padres que exercerão funções na cúria da diocese. Con. Bruno César Dias Graciano tomou posse como Chanceler do bispado, com provisão até 2023. O chanceler, conforme o Direito Canônico, é o responsável pelo arquivo diocesano. A ele compete redigir os documentos da cúria. Pe. Rafael Reis Soares assumiu o economato da diocese. Sua provisão é de cinco anos. O ecônomo é responsável por administrar os bens e as receitas da diocese. Con. Luzair Coelho de Abreu foi nomeado vigário geral da diocese com provisão até 2023. O vigário geral auxilia o bispo no governo da diocese. Após leitura das respectivas provisões, os padres, com as mãos sobre o Evangeliário, fizeram solenemente a Profissão de Fé e o compromisso de colaboração com o bispo.

Leitorado

Após a homilia episcopal, foi feita a apresentação daqueles que foram instituídos leitores. O Leitorado é um ministério que tem a função própria de ler a palavra de Deus nas assembleias litúrgicas. Na falta do salmista deverá recitar ou cantar o salmo; além de propor as intenções da oração da assembleia. Os ministérios de leitor e acólito são conferidos a homens que estão no processo formativo para ingresso nas ordens clericais. Desde o seu início, a Igreja institui alguns ministérios para auxiliar nas funções litúrgicas. Esse ministério foi reestruturado pelo papa Paulo VI após o Concílio Vaticano II. Cabe aqui uma distinção: nas paróquias, aqueles que fazem leituras, são ministros extraordinários ou confiados, que receberam o ministério.

Dando prosseguimento ao rito, o bispo diz a oração própria e abençoa os leitores. Em seguida, os candidatos se aproximam do bispo que faz a entrega da Palavra de Deus a cada um deles. Foram instituídos leitores 4 seminaristas e 18 aspirantes ao diaconado permanente oriundos de diversas paróquias da Diocese.

Homilia

“A imagem do servo muito nos inspira hoje. […] Receber o dom, o ministério dentro da Igreja, significa, portanto, se colocar como servo. E essa é a temática que nós temos na Liturgia da Palavra: a imagem do servo e a imagem do Cordeiro, que é mais ampla; imagem essa já descrita no profeta Isaías, mas que vai se consumar na figura de Cristo Jesus. Por isso a providência nos presentou no dia de hoje com esses três sacerdotes assumindo essa missão. […] E também esse passo importante dessa trajetória vocacional tanto dos seminaristas, quanto dos candidatos para a vida do diaconato permanente.”

“Eu gosto de fazer uma relação entre a manifestação/revelação individual ou para o povo, e a manifestação/revelação universal. Como nós vimos os primeiros que contemplaram a glória de Deus entre nós foram os pastores, que eram representantes dos humildes do Povo. Depois, no domingo da Epifania nós observamos essa manifestação mais ampla de Deus na pessoa de seu Filho quando os três reis magos, assim dito pela tradição foram contemplar a glória de Deus presente no menino. Aí está o sinal da manifestação de Deus trazendo a salvação para todos gênero humano. E hoje nós temos uma imagem que, no domingo passado, Batismo do Senhor, mostrou a manifestação de ‘João viu’. Vamos observar que o evangelista João usa nesses poucos versículos, três vezes o verbo ver. Poderíamos fazer uma catequese com o sentido do verbo ver neste evangelho de João. Mas que esse relato do encontro do Batista com Jesus também se reveste de um significado muito forte para cada um de nós. E aí nós temos, portanto, uma manifestação individual: João viu o Espírito Santo descendo em forma de pomba sobre aquele que ele estava batizando. João batizou o autor do batismo. E agora nós temos uma manifestação pública: João mesmo que vai apontar para todos os homens Jesus como sendo o cordeiro.”

“A liturgia de hoje quer indicar para nós, irmãos e irmãs, a missão de Jesus. Essa missão de Jesus encontra um ponto culminante no mistério Pascal, nessa expressão que João vai dar. Por isso, nós repetimos antes de comungarmos: ‘Eis o cordeiro de Deus.”

“O Salmo faz uma belíssima ligação entre a primeira leitura Evangelho. Mostra o rótulo do qual nós temos que assumir os santos serviços na condição do servo de Deus, quando Ele nos chama, nos vocaciona para algo dentro da Igreja. É sempre um serviço aos homens, mas com uma única condição: fazer com prazer a vontade de Deus. É só isso que Deus pede! No mais nós seremos sempre assistidos por sua graça. Mas não podemos fazer contra a vontade; por isso Deus sempre dialoga, propondo a vocação ao homem, e o homem, na própria liberdade, responde alegremente a esse chamado de Deus. Não é à toa que o padre não só escreveu uma Encíclica, mas ele insiste em falar na alegria do Evangelho, que expressa o modo pelo qual nós anunciamos esse evangelho. A melhor forma de nós testemunharmos que estamos configurados a Cristo é exatamente anunciar com alegria este santo Evangelho.”

“O grande problema nosso com relação à queda na Igreja Católica é a falta de testemunho, a falta de consciência de onde circular como missionários; e talvez uma forma de reconhecimento de quem é Jesus. Precisamos abrir nossos olhos e continuar, como o Batista, apontando Jesus a tantas pessoas perdidas desorientadas. Depois de mim, vem um homem, diz ele. É homem mesmo! É plenamente humano. É solidário em nossa humanidade em tudo, exceto no pecado. A resposta vem aí: quem é Jesus? Verdadeiramente homem, verdadeiramente Deus. Muitas vezes não percebemos essa confissão. Não simplesmente João Batista aponta quem é Jesus, mas também professa. Uma coisa é você falar corriqueiramente o nome de Deus: ‘Deus me livre’. Outra coisa quando nós estamos aqui na celebração eucarística, como vamos fazer daqui a pouco, quando renovamos a nossa fé por meio de nosso Credo. Isso é o que de fato o João vai fazer!”

“O nosso testemunho tem que ser como o de João. Deve ser condizente e coerente com a vontade de Deus, manifestada plenamente em Jesus. Eis que venho Senhor com prazer faço a vossa vontade. Jesus totalmente abandonado nos braços do Pai: ‘Pai em tuas mãos entrego o meu espírito’. É o abandono total de Jesus.”

“Por fim, gostaria de dizer aos nossos irmãos que serão instituídos leitores, proclamadores da palavra de Deus, não somente na liturgia, mas no testemunho de fé deles. Recomendo que vocês revisitem essa segunda leitura; a primeira leitura também é muito importante: a presença da palavra de Deus em nós. É nessa condição que também o salmista fala: fazer com prazer a vontade de Deus, para abrir a boca para proclamar a Palavra de Deus. E todos vão ouvir. Por fim:’ boas novas de vossa justiça, anunciei numa grande assembleia. Não fechei os meus lábios’. Nós continuamos a falar como proclamadores da palavra em nome de Deus, para todos os homens. Ser discípulo significa isso: guiados pelo Espírito Santo, dar testemunho sobre quem é Jesus, Sua identidade, Sua Missão.”

Fonte: PASCOM – Paróquia Santo Antônio (Campanha)

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