Toda festa importante requer um período de preparativos. E com a maior festa católica não poderia ser diferente. O calendário litúrgico nos reserva um tempo especial para nossa preparação para a ressurreição do Senhor. É o tempo da Quaresma, que teve início, neste ano, no dia 17 de fevereiro, com a celebração de Quarta-feira de Cinzas.
Quaresma é tempo de renovação espiritual, um retiro que nos prepara para a páscoa, baseado no trinômio jejum – oração – esmola. Como dizia São Pedro Crisólogo: “Três são, irmãos, as colunas que fazem com que a fé se mantenha firme, a devoção constante e a virtude permanente. Estas três colunas são: a oração, o jejum e a misericórdia. Porque a oração chama, o jejum intercede e a misericórdia recebe”.
O Cristo orante no deserto, no momento das tentações, e o Cristo orante no Tabor, na cena da transfiguração, chamam toda a comunidade de seus seguidores e seguidoras a assumir esta mesma atitude, não tanto como esforço e de vocação nossa, mas como abertura ao Espírito que reza em nós e que nos faz continuadores da missão do Senhor.
Em Campanha, sé diocesana, D. Pedro Cunha Cruz presidiu solene celebração eucarística na Catedral, marcando o início da Quaresma nesta igreja particular. Na mesma celebração, o bispo fez a abertura da Campanha da Fraternidade 2021 que, neste ano, é realizada pelo CONIC.
Homilia
O bispo, em sua homilia, ressaltou que o tempo da Quaresma renova o sentido da fé e da história para cada fiel católico. D. Pedro fez uma catequese comentando com os fiéis o sentido bíblico-teológico de cada uma das leituras que foram proclamadas na celebração.
E você pode conferir a íntegra da homilia acessando a página da Paróquia Santo Antônio por meio do link: https://fb.watch/3PtmU6Np9_/
Campanha da Fraternidade 2021
A Campanha da Fraternidade neste ano é organizada pelo CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs. É a quinta edição da campanha no formato ecumênico. O tema escolhido para a CF 2021 é: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez a unidade” (Ef 2, 14a)
Dom Pedro declarou que com a CFE, a Igreja quer sempre sinalizar algo para o mundo. Neste ano, “entendendo que o mundo está muito dividido tanto no cenário religioso, quanto no cenário político, a proposta da Campanha da Fraternidade é convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensar um caminho para resolver as constantes divisões, polarizações e violências que estão acontecendo”.
As igrejas participantes do CONIC e que assumiram a CFE-2021 são:
Aliança de Batistas do Brasil
Igreja Católica Apostólica Romana
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Igreja Presbiteriana Unida
Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia
O bispo tratou do assunto em dois momentos distintos na celebração. Ao final da homilia (link acima) e, antes da bênção final, ressaltou a importância da união entre os católicos para juntos bem celebrarmos o tema proposto. (Você pode conferir a mensagem do bispo acessando o link https://fb.watch/3PtodlCZcd/ )
A distribuição das cinzas
Tempos diferentes motivam atitudes diferenciadas. Neste tempo de pandemia, a Congregação para o Culto Divino, órgão do Vaticano, editou instruções específicas para a imposição de cinzas aos fiéis. Este sacramental habitualmente é feito na fronte do fiel, este ano, as cinzas foram depositadas sobre a cabeça. E as palavras ditas pelo ministro “Convertei-vos e crede no Evangelho”, foram ditas uma única vez, de maneira geral pelo presidente da celebração.
As cinzas, que são feitas queimando os ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior, estão diretamente ligadas à origem do sacramento da penitência. Ao longo do tempo do tempo, a Igreja estendeu esse sacramental para todos os fiéis. As cinzas estão presentes no texto bíblico em algumas passagens e assumem um duplo significado: podem indicar a frágil condição humana, como vemos no livro de Gênesis (18, 27): “Abraão prosseguiu e disse: ‘Sou bem atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza’”; ou também um sinal concreto de arrependimento e com o coração renovado retorna o próprio caminho para o Senhor como é possível ler no livro de Jonas quando o rei de Nínive, ao receber a notícia da conversão do seu povo, senta-se sobre as cinzas, e no de Judite no qual os habitantes de Jerusalém que querem rezar a Deus para que os liberte, espalham em suas frontes as cinzas sagradas.
As confissões na quaresma
Dom Pedro Cunha Cruz, também na Quarta-feira de cinzas, publicou normativa concedendo licença aos padres para a realização de celebrações penitenciais com absolvição geral dos pecados, entendendo que a quaresma é um tempo por excelência penitencial e que, devido à pandemia, os mutirões de confissões “que tanto auxiliam o atendimento aos fiéis” estão impossibilitados de acontecer. Tal decisão está fundamentada nos cânones 960 e 961 § 1º do Código de Direito Canônico. O bispo ressalta que os fiéis que desejarem podem ser atendidos individualmente, desde que haja atendimento prévio, “sem aglomeração, observando o distanciamento social, e as medidas sanitárias durante o período quaresmal”
Conforme o documento, há uma recomendação para que os sacerdotes façam uma catequese acerca do valor do sacramento da Penitência e que os fiéis sejam instruídos sobre o caráter extraordinário dessa absolvição “e a necessidade de oportunamente recorrerem à confissão individual, de acordo com o cânon 962”
Para a realização das celebrações penitenciais, a equipe diocesana de liturgia elaborou edição especial do folheto litúrgico Dia do Senhor, a ser utilizado pelas diversas comunidades diocesanas.
Texto: Flávio Maia
Fotos: Bruno Henrique
Toda festa importante requer um período de preparativos. E com a maior festa católica não poderia ser diferente. O calendário litúrgico nos reserva um tempo especial para nossa preparação para a ressurreição do Senhor. É o tempo da Quaresma, que teve início, neste ano, no dia 17 de fevereiro, com a celebração de Quarta-feira de Cinzas.
Quaresma é tempo de renovação espiritual, um retiro que nos prepara para a páscoa, baseado no trinômio jejum – oração – esmola. Como dizia São Pedro Crisólogo: “Três são, irmãos, as colunas que fazem com que a fé se mantenha firme, a devoção constante e a virtude permanente. Estas três colunas são: a oração, o jejum e a misericórdia. Porque a oração chama, o jejum intercede e a misericórdia recebe”.
O Cristo orante no deserto, no momento das tentações, e o Cristo orante no Tabor, na cena da transfiguração, chamam toda a comunidade de seus seguidores e seguidoras a assumir esta mesma atitude, não tanto como esforço e de vocação nossa, mas como abertura ao Espírito que reza em nós e que nos faz continuadores da missão do Senhor.
Em Campanha, sé diocesana, D. Pedro Cunha Cruz presidiu solene celebração eucarística na Catedral, marcando o início da Quaresma nesta igreja particular. Na mesma celebração, o bispo fez a abertura da Campanha da Fraternidade 2021 que, neste ano, é realizada pelo CONIC.
Homilia
O bispo, em sua homilia, ressaltou que o tempo da Quaresma renova o sentido da fé e da história para cada fiel católico. D. Pedro fez uma catequese comentando com os fiéis o sentido bíblico-teológico de cada uma das leituras que foram proclamadas na celebração.
E você pode conferir a íntegra da homilia acessando a página da Paróquia Santo Antônio por meio do link: https://fb.watch/3PtmU6Np9_/
Campanha da Fraternidade 2021
A Campanha da Fraternidade neste ano é organizada pelo CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs. É a quinta edição da campanha no formato ecumênico. O tema escolhido para a CF 2021 é: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez a unidade” (Ef 2, 14a)
Dom Pedro declarou que com a CFE, a Igreja quer sempre sinalizar algo para o mundo. Neste ano, “entendendo que o mundo está muito dividido tanto no cenário religioso, quanto no cenário político, a proposta da Campanha da Fraternidade é convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensar um caminho para resolver as constantes divisões, polarizações e violências que estão acontecendo”.
As igrejas participantes do CONIC e que assumiram a CFE-2021 são:
Aliança de Batistas do Brasil
Igreja Católica Apostólica Romana
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Igreja Presbiteriana Unida
Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia
O bispo tratou do assunto em dois momentos distintos na celebração. Ao final da homilia (link acima) e, antes da bênção final, ressaltou a importância da união entre os católicos para juntos bem celebrarmos o tema proposto. (Você pode conferir a mensagem do bispo acessando o link https://fb.watch/3PtodlCZcd/ )
A distribuição das cinzas
Tempos diferentes motivam atitudes diferenciadas. Neste tempo de pandemia, a Congregação para o Culto Divino, órgão do Vaticano, editou instruções específicas para a imposição de cinzas aos fiéis. Este sacramental habitualmente é feito na fronte do fiel, este ano, as cinzas foram depositadas sobre a cabeça. E as palavras ditas pelo ministro “Convertei-vos e crede no Evangelho”, foram ditas uma única vez, de maneira geral pelo presidente da celebração.
As cinzas, que são feitas queimando os ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior, estão diretamente ligadas à origem do sacramento da penitência. Ao longo do tempo do tempo, a Igreja estendeu esse sacramental para todos os fiéis. As cinzas estão presentes no texto bíblico em algumas passagens e assumem um duplo significado: podem indicar a frágil condição humana, como vemos no livro de Gênesis (18, 27): “Abraão prosseguiu e disse: ‘Sou bem atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza’”; ou também um sinal concreto de arrependimento e com o coração renovado retorna o próprio caminho para o Senhor como é possível ler no livro de Jonas quando o rei de Nínive, ao receber a notícia da conversão do seu povo, senta-se sobre as cinzas, e no de Judite no qual os habitantes de Jerusalém que querem rezar a Deus para que os liberte, espalham em suas frontes as cinzas sagradas.
As confissões na quaresma
Dom Pedro Cunha Cruz, também na Quarta-feira de cinzas, publicou normativa concedendo licença aos padres para a realização de celebrações penitenciais com absolvição geral dos pecados, entendendo que a quaresma é um tempo por excelência penitencial e que, devido à pandemia, os mutirões de confissões “que tanto auxiliam o atendimento aos fiéis” estão impossibilitados de acontecer. Tal decisão está fundamentada nos cânones 960 e 961 § 1º do Código de Direito Canônico. O bispo ressalta que os fiéis que desejarem podem ser atendidos individualmente, desde que haja atendimento prévio, “sem aglomeração, observando o distanciamento social, e as medidas sanitárias durante o período quaresmal”
Conforme o documento, há uma recomendação para que os sacerdotes façam uma catequese acerca do valor do sacramento da Penitência e que os fiéis sejam instruídos sobre o caráter extraordinário dessa absolvição “e a necessidade de oportunamente recorrerem à confissão individual, de acordo com o cânon 962”
Para a realização das celebrações penitenciais, a equipe diocesana de liturgia elaborou edição especial do folheto litúrgico Dia do Senhor, a ser utilizado pelas diversas comunidades diocesanas.
Texto: Flávio Maia
Fotos: Bruno Henrique