Vivendo as alegrias pascais, faz-se importante relembrar alguns fragmentos da Homilia de Dom Pedro Cunha Cruz, na Missa da Unidade, celebrada na última quinta feira (06), na Catedral de Santo Antônio, em Campanha/MG, onde o bispo diocesano, juntamente com seu clero e com o povo de Deus, por antiquíssima tradição da Igreja, abençoa os óleos dos catecúmenos e dos enfermos, e consagra o óleo do crisma. Também, nesta celebração os sacerdotes renovaram as promessas sacerdotais que fizeram no dia da ordenação.
Dom Pedro, dirigindo-se aos presbíteros, bem como a todo o povo de Deus, assegurou: “Caros presbíteros, também nós, inspirados pelo gesto de Jesus e movidos pelo Espírito Santo, somos chamados a evangelizar para fazer presente o Reino de Deus no mundo.” E prosseguiu: “Toda autêntica evangelização deve ser centrada na Palavra de Deus e, exige de nós um anúncio apaixonado pela pessoa de Cristo, levando os destinatários a um encontro com Ele. Não temos outra felicidade, nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, anunciado e comunicado a todos, não obstante as dificuldades e resistências dos tempos atuais. Também Jesus sofreu isto em Nazaré, em meio ao seu povo.”
Ao citar o Papa Francisco no Encontro com o Celam, em Bogotá (2017), Dom Pedro aos padres, reiterou: “se não sairmos com o bálsamo da nossa unção, rapidamente perderemos o caminho. Não podemos perder o caminho e nem nos perdermos no caminho. Somos chamados a sermos os melhores instrumentos para que muitos possam também descobrir Jesus, conhecê-lo, amá-lo e segui-lo nas circunstâncias atuais”.
Por fim, Dom Pedro enfatizou que há a necessidade de construir o paradigma da fraternidade, ou seja, espírito de comunhão entre os presbíteros. Segundo ele, salta aos olhos o número de padres que, no ostracismo, falta de confiança, diálogo e partilha, acabam por ceifar suas vidas repentinamente. E, ponderou: “Meus caros irmãos, se a cruz está pesada, peçamos a um irmão que nos ajude a carregá-la, pois no nosso itinerário terá sempre um cireneu. Até Jesus o encontrou no caminho do Calvário, e não rejeitou a sua ajuda. Para nós, não cabe a pergunta da parábola do Samaritano ‘e quem é o meu próximo?’ (Lc 10,29). Por isso, é importante que o sacerdote possa reavivar sempre a graça da unção, como faremos hoje. Esta é a nossa identidade. Vivam com alegria esta unção, pois a alegria sacerdotal é um dom precioso, tanto para nós como para o povo de Deus”.
Dom Pedro, agradeceu a presença e o empenho de todos os sacerdotes durante a “grande semana” e confiou o ministério de cada um ao olhar materno e protetor da Virgem Maria, a Virgem do Carmo.
Pe. João Paulo Gonçalves de Carvalho
Assessor Diocesano da Pastoral da Comunicação