Diocese
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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (ALAGOA/MG)

Paróquias

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (ALAGOA/MG)

Ano de Criação:

1855

Telefone:

35 3366-1234

E-mail:

Atendimento:

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Endereço:

Praça Manoel Mendes de Carvalho, 126, Alagoa/MG

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História da Paróquia

História de Alagoa e de nossa paróquia

Alagoa é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Como diz o Acervo de Memórias Históricas do Rio de Janeiro , o Município da Alagoa se deu como uma alternativa do caminho do ouro. Um caminho escuso, por onde transitava o ouro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, passava justamente pelo local onde se ergue hoje Alagoa. Conhecido dos velhos sonegadores desde o início do século XVIII, por ela penetraram paulistas e fluminenses, quando das descobertas dos sertões mineiros e de seu povoamento. Se passassem pela Mantiqueira, deveriam pagar no Registro de Capivari as taxas de fiscalização. Então acharam mais razoável abrir uma Picada, que os libertasse do fisco. E foi o que fizeram, por algum tempo. Descoberta a Picada pela Coroa, às autoridades da Comarca, veio logo o alvará régio de 25 de março de 1725, referendado a 29 de abril de 1727, para coibir os abusos existentes. Uma dessas Picadas foi feita por Antônio Gonçalves de Carvalho natural de Pindamonhangaba. Assim teve embargados os passos, pela vigilância da autoridade constituída.

A mais velha referência que conhecemos sobre Alagoa (forma protética de Lagoa) data de 1723. Aparece, então designada como sendo Alagoa de Juruoca. É uma Carta Patente passada pelo governador mineiro a 21 de maio do mesmo ano a Manoel Garcia de Oliveira, nomeando-o Capitão Mor das almas de Alagoa de Juruoca. Essa nomeação teve como objetivo estabelecer um vigilante oficial que obstasse o transporte do ouro para o Rio de Janeiro e de mais destinos, sem que fossem satisfeitas as cobranças do erário. Em 10 de abril de 1731, o Capitão Mor, Manoel Garcia de Oliveira, recebe a incumbência de tapar as Picadas que favoreciam a sonegação do fisco e prender os que ali passavam ou usavam com fuga.

Deste modo, o Capitão Mor exercia sua função com lealdade, mas diante da imensidão que iam repontando no Sul de Minas Gerais e que exigia dele uma constante vigilância no território jurisdicionado. Foi então, sucedido na Guardamoria por Narciso de Faria e Silva, casado com Maria Pedrosa. Este, sim, teve benéfica atuação no lugar. Já em 1717, apareceu em Aiuruoca e dali se retira com seus escravos para Alagoa, no intuito de cuidar da lavoura e também de coibir a passagem dos então chamados criminosos do ouro. Pelo muito que fez para o lugar, seu nome figura na galeria dos benfeitores insignes. Com a vinda de outras pessoas para o lugar, seus moradores resolvem construir uma capela, que foi dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Reconhecida pelo Bispado do Rio de Janeiro, foi agregada a Aiuruoca. Teve como primeiro Capelão, de 1734 a 1742, o Padre Filipe Teixeira Pinto.

A Paróquia de Nossa Senhora do Rosário foi criada em 18/05/1855. O nome de Alagoa provém de uma alagoa que ficava a frente da matriz. Em 1830, cogitou-se na criação da Paróquia e houve uma consulta a Província de Minas ao Bispado de Mariana, no dia 18 de março do corrente ano.

Concordou a autoridade diocesana, que apresentou o seguinte parecer: “deve ser criada a Paróquia por causa do sertão de matas que tem nas vertentes da Mantiqueira, e margem do Rio Preto, que vão povoando muito por ser o seu local que é extenso, entrecortado de grandes ribeirões, e de rampas da Mantiqueira que lhe dificultam o Curato para a Matriz atual (Aiuruoca) e por ser o último do Bispado, por este anexando-lhe uma fração de Aplicados da Capela de Guapiara mais vizinhos pelo Ribeirão Tamanduá ao norte, até suas cabeceiras; e a noroeste pelo morro da Tabatinga até a Serra dos Regos” . Informa ainda autoridade diocesana, que afirmou ter o Curato 1.370 almas, 215 fogos e que era dotado de 8 a 10 léguas de diâmetro para uma nova Paróquia.

O primeiro batizado foi registrado em 1734. A criança, uma menina era filha de Francisco Martins Lustosa e Maria Soares. Foi batizada pelo Pe. Felipe Teixeira Pinto.

Houve, entretanto, grande demora de alguns anos a sua efetivação, só concretizada pela Lei Mineira nº 728, de 18 de maio de 1855, “Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, Presidente da Província de Minas Gerais que faz saber a todos os seus habitantes que a Assembreia Legislativa Provincial decretou e sancionou a lei de criação da Freguesia Distrital de Nossa Senhora do Rosário da Alagoa de Aiuruoca, tendo por limite os mesmos Distrito e o da Bocaina do Rio Preto pelas antigas divisas das freguesias de Baependi e Aiuruoca”.

Hoje, Alagoa é conhecida pelo queijo parmesão produzido pela população que vive na Zona Rural, sendo considerada a “Terra do Queijo Parmesão”. De acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010, sua população é de 2.709 habitantes. O clima e topografia são determinantes no diferencial do sabor dos queijos alagoenses. Cidade pacata, porém muito movimentada durante os festejos da Semana Santa, Torneio Leiteiro – Expo-Alagoa, Nhá Chica, Natal e Reveillon, épocas que os alagoenses que residem em outras cidades retornam para a cidade.

A natureza faz a sua parte com belíssimas paisagens naturais, estrondosos mananciais de águas e cachoeiras. Como na Amazônia, tem duas estações: o tempo das águas e o tempo da seca. No mês junho a agosto o clima é idêntico ao europeu, faz muito frio nestas épocas, chegando a gear e o termômetro registrar temperaturas negativas.

Criada em 08/05/1855
Comunidades Rurais: 12
Comunidades Urbanas: 03

Clero

PE. ELBERSON DE ANDRADE

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