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DIOCESE DA CAMPANHA SE ALEGRA COM A ORDENAÇÃO DE DOIS SACERDOTES

DIOCESE DA CAMPANHA SE ALEGRA COM A ORDENAÇÃO DE DOIS SACERDOTES

IMG 0750Na manhã do último sábado, 19 de agosto, a diocese de Campanha reuniu-se em sua sé para a ordenação sacerdotal dos diáconos Wendel Rezende e Rafael Soares. A ordenação foi presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz e foi concelebrada pelo bispo emérito D. Diamantino Prata de Carvalho e grande parte do clero diocesano. Estiveram presentes caravanas de diversas comunidades onde os diáconos realizaram atividade pastoral, os seminaristas das três casas de formação; sacerdotes da arquidiocese de Pouso Alegre, leigos e religiosos da diocese de Bragança, no Pará onde os diáconos realizaram trabalho de missão; e também os vocacionados que estivavam participando do encontro no Centro Pastoral de Três Corações.

Acolhida

Para receber os fiéis, a paróquia Santo Antônio organizou um café da manhã, com quitutes doados pelas famílias campanhenses. Diversos segmentos pastorais se envolveram na preparação do café. A atividade começou na sexta, com a preparação da Catedral e recebimento das doações.

Lema de ordenação

A animação da celebração ficou a cargo do padre Joaquim José Soares, pároco na paróquia de São  Bento Abade, que apresentou à assembleia o lema que o diáconos escolheram. Para seu sacerdócio, Rafael  Soares escolheu a passagem bíblica: “Sem Ti, Senhor, nada poderei fazer” (inspirado em Jo 15,15) ; e Wendel Rezende, elegeu uma frase de São Tomás de Aquino: “Nada mais que Tu, Senhor”

Eleição do Candidato

A eleição dos diáconos foi realizada pelo pe. Sérgio Roberto Monteiro, que  pediu ao bispo para que ordenasse os diáconos  para a função de presbítero. O bispo, então, interrogou o sacerdote se o candidatos são dignos deste ministério. O presbítero respondeu, que após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, com convicção declara ser testemunha de que estes candidatos foram considerados dignos. Tendo esta resposta, o ordenante diz: “Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos estes nossos irmãos para a Ordem do Presbiterado”. E a assembleia responde: “Graças a Deus”.

Imposição das mãos e Prece de Ordenação

Esta parte é tida como aquela que, no silêncio do coração, o bispo e todos os presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Com os diáconos  de  joelhos, em silêncio, o bispo impõe as mãos sobre suas cabeças, seguido pelos presbíteros.

Depois do longo silêncio, o bispo reza a oração da ordenação, na qual são citadas as principais tarefas do sacerdote. Nessa oração é lembrada a relação dos setenta mais velhos com Moisés. O sacerdote é descrito principalmente como colaborador do bispo, instrutor da fé e divulgador da palavra de Deus. O pedido mais importante é colocado pelo bispo nas palavras: “Dê a seus servidores a virtude sacerdotal. Renove neles o espírito de santidade. Faça, ó Deus, com que eles se atenham ao ofício que receberam da sua mão; que a vida deles seja para todos estímulo e fio condutor. Abençoe, santifique e ordene os servidores pelo Senhor”. A oração transpira o espírito da Primeira Carta de Timóteo. Nela é dito que o encarregado do ministério deve manter o bem que lhe foi confiado, deve passar adiante fielmente o tesouro que recebeu na mensagem de Jesus, nosso Salvador. Já naquela época, o autor da Carta de Timóteo precisava exortar os encarregados pelos ministérios a viver de acordo com seu serviço. Aquele que é ordenado sacerdote reflete algo sagrado que oferece aos outros.

Unção das mãos

A última parte do Rito de Ordenação apresenta alguns símbolos, ricos em significado e que indicam o ministério sacerdotal da Ordem. Terminada a Prece de Ordenação, o eleito, com o auxílio de um ou dois presbíteros, é revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma das mãos do ordenado é ungida pelo bispo com o óleo do santo Crisma. Logo após, o bispo amarra as mãos do ordenado, e, onde for costume, é desamarrada por quem receberá a primeira bênção sacerdotal, que no caso, foram os pais dos neo-sacerdotes.

A música

Cantou a celebração, o coral São Gonçalo do Amarante, da paróquia de São Gonçalo regido pelo maestro e multi-instrumentista Claudemir José Rodrigues.

Homilia

“Recordo-me que na ocasião da abertura do processo de beatificação de D. Othon Motta, terceiro bispo da diocese de Campanha, meu conterrâneo, um sacerdote me disse: “Dom Othon me falou que de um sacerdote se espera duas coisas fundamentais: a sabedoria e a santidade.”

“A primeira leitura desta Santa Missa de ordenação sacerdotal destaca a beleza da vocação dos pastores, que não de ser também a nossa própria vocação. No versículo 2, de sua carta, São Pedro nos lembra: “Sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós, cuidai dele” [1 Pd 5, 2]. Estamos no mês vocacional. A ordenação de um presbítero é a celebração da resposta ao mistério do chamado de Deus a cada um de nó, humildes e frágeis criatura. Como bem descreveu São joão Paulo II na Pastores dabo Vobis [Exortação pós-sinodal] número 36: “A história de cada vocação presbiteral, como aliás qualquer outra vocação cristã, é a história de um inefável diálogo entre Deus e o homem, entre o amor que chama e a liberdade do homem que no amor responde a Deus”. Este é o mistério do chamamento; mistério que envolve a vida daqueles que Cristo convida a deixar tudo para O seguir mais de perto.”

“Caros diáconos, Cristo quer que vocês sejam os seus colaboradores mais diretos na realização do projeto salvífico do Pai. Quer que vocês sejam verdadeiros anunciadores e testemunhas Dele neste mundo. Que você sejam companheiros de Cristo, isto é, empreender um percurso de vida que não nos dá nenhuma garantia, mas que se abre ao Mistério de Deus que chama.”

“A ordenação sacerdotal exige de quem a recebe o dom total de si a serviço do Povo de Deus. Lembro novamente a Pastores dabo Vobis [n. 22]: “O presbítero é chamado a assumir os sentimentos e as atitudes de Cristo; portanto, dele se pede que seja capaz de amar a gente com coração novo, grande e puro, com dedicação plena, contínua e fiel”. Sentir-se sempre padre, vinte e quatro horas!”

“Diáconos, a tão conhecida frase do célebre teólogo Karl Rahner, “o cristão do futuro será místico ou não será cristão”, nos inspira a viver nosso mistério mais conscientemente como configurados a Cristo e no cultivo à vida interior. O testemunho da santidade de vida, abnegada e caridade operosa. Para isso tende e consuma o nosso ministério, conforme nos lembra a [Constituição Conciliar] Lumen Gentium em seu número 10. O homem interior precisa de um cuidado atento e fiel à vida espiritual centrada prioritariamente sobre a com Cristo, alimentado pela oração pessoal e meditação sobre a Palavra de Deus. O papa Francisco nos diz que isso nos ajuda a fugir do mundanismo espiritual.”

“Caríssimos diáconos Wendel e Rafael, peço-lhes que nos dias difíceis e sombrios da missão sacerdotal não deixem de se voltar para a Virgem mãe de Deus e nossa Mãe. Não poderia deixar de dar esta recomendação no importante Ano anto Mariano que estamos vivendo.”

Fotos por Jamil Junior

 

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