Sexta-feira Santa: A paixão de Cristo celebrada

Foto-00A Sexta-Feira da Paixão é o único dia do ano onde os católicos se reúnem e não há a celebração da eucaristia. Neste dia é realizada a celebração da Ação Litúrgica, às 15h. Celebração que acontece sempre no mesmo horário, em todas as partes do mundo, lembrando o momento em que Jesus Cristo foi ao encontro do Pai. Em Campanha, a Ação Litúrgica foi presidida por D. Pedro Cunha Cruz e co-celebrada pelo vigário paroquial, Pe. Edson Pereira de Oliveira e pelo pároco e chanceler do bispado, Pe. Luzair Coelho de Abreu.

Celebramos na sexta-feira a Paixão de Cristo de quatro maneiras:

1. Paixão proclamada: Liturgia da Palavra

2. Paixão invocada: Solene Oração Universal

3. Paixão venerada: Adoração da Cruz

4. Paixão comungada: Comunhão eucarística.

Dia de silêncio para os católicos, a Ação Litúrgica também se inicia em silencio, com a prostração do presidente da celebração; no mesmo instante os fieis se ajoelham. Na Liturgia da Palavra, é feita a segunda proclamação da Paixão de Cristo, segundo João. A primeira proclamação é feita no Domingo de Ramos, e é retirada de um dos sinóticos, conforme o ano litúrgico.

Em sua pregação, dom Pedro lembrou aos fiéis que uma das características principais da sexta-feira é o silêncio. Esse silêncio é a atualização do drama da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Temos que colocar, também, na dinâmica da cruz, como nos pede o Papa Francisco,aquilo que é um sintoma de nossa época, o chamado indiferentismo religioso que são aquelas pessoas que estão distantes desse ato de amor do Filho de Deus por nós, que não se dão conta e nem valorizam esse gesto do sublime e pleno amor de Deus por nós, na pessoa de seu filho Jesus. Por isso rezamos por eles, e rezamos também por aqueles que não acreditam em Deus, que não aceitam Jesus Cristo como sendo o verbo encarnado do Pai.”

Dom Pedro lembrou que a cruz não é e nunca foi sinal de humilhação para nós, e sim um sinal da salvação dos homens. O profeta Isaías, no relato do servo sofredor, I Leitura da celebração, é uma prefiguração daquilo que Cristo passaria no Novo Testamento.

Encerrando, o bispo lembrou a Catequese de São Crisóstomo, presente no Ofício de Leituras da sexta-feira: “ele tem uma catequese que no dia de hoje fala do poder do sangue de Cristo. Ele, partindo do relato de João 19, 34, que nós ouvimos hoje dirá: “De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34)”. É o Batismo e a Eucaristia que estão aqui representados. Do lado de Cristo transpassado. Brotam assim, esses dois sacramentos tão importantes para a Igreja de Cristo Jesus. Cristo assim, caros irmãos e irmãs, formou a Igreja do seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa, do lado de Cristo transpassado, foi formada a Igreja neste dia.”

Após a homilia, os fiéis são convidados a rezarem a Oração Universal. O formulário que nós rezamos, com poucas alterações, tem origem antes do século V. A oração universal exprime verdadeiramente a abertura da comunidade cristã, consciente de que a salvação de Cristo é oferecida a toda as pessoas. O rito de apresentação e adoração da cruz é um momento de profunda piedade entre os fiéis. Com a cruz exposta, os fiéis, em fila, individualmente, fazem sua adoração individual ao crucificado. O último rito da Solene Ação Litúrgica é a distribuição da comunhão. Não há consagração neste dia; as hóstias consagradas na quinta-feira são distribuídas pelos ministros da comunhão aos fieis neste momento.

A celebração encerra com despedida presidencial e o silêncio continua. Vale ressaltar que há muitos anos a Ação Litúrgica não era tão concorrida, estando presentes fieis das diversas comunidades rurais e urbanas, além de inúmeros visitantes que passam o feriado em Campanha. Os cantos da celebração ficaram a cargo do Coral Catedral. Logo após a missa, D. Pedro conversou com a equipe da PASCOM/Campanha, e você confere no vídeo abaixo:

Fonte: PASCOM/Campanha

 

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