CAMPANHA DA FRATERNIDADE INSPIRA MANHÃ DE ESPIRITUALIDADE DO CODIAS

capaTema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)

Nosso CONSELHO DIOCESANO DE AÇÃO SOCIAL - CODIAS reuniu-se no dia 29 de fevereiro na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Três Pontas/MG, com a presença dos Assessores, Coordenadores Diocesanos e parceiros das Pastorais Sociais para uma Manhã de Espiritualidade. Foi um momento de convivência, partilha, oração e amizade.

Participaram as seguintes pastorais: Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral Afro-brasileira, Pastoral Carcerária, Pastoral da Criança, Pastoral da Ecologia, Pastoral da Saúde, Pastoral Rodoviária, Movimento de Fé e Política e a Pastoral da Juventude.

A condução da Manhã de Espiritualidade foi feita pelo Pe. Jean Paul Hansen, Coordenador Diocesano de Pastoral, que nos ajudou a percorrer este início do itinerário quaresmal. Durante este período fizemos um exercício espiritual dividido em três tempos: falas breves, silêncio e no final uma partilha de como foi vivenciada aquela manhã.

Nosso encontro foi norteado por algumas perguntas e apontamentos:

1- O que é Espiritualidade? É ter uma “interioridade povoada”, perceber-se habitado por inteiro pela presença de Deus. Os agentes das pastorais sociais necessitam urgentemente de cultivar com muito esmero a espiritualidade, pois em um mundo de excessos pode-se perder a qualidade da nossa espiritualidade. Devemos separar momentos para sermos inteiros de Deus, dedicar pequenos espaços ao longo do dia e da nossa vida para rezarmos bem, rezarmos com nossas preocupações, em profundidade para que possamos “experimentar a experiência de sermos inteiros de Deus”. Os coordenadores das pastorais sociais devem propiciar aos agentes das pastorais momentos de cultivo da espiritualidade, isso é um “cuidado especial e saudável” com nossos agentes de pastoral, pois são eles nossos primeiros próximos e que vão chegar aos doentes.

2- A importância sobre a Vida Eterna e a Graça de Deus: panorama de ação das pastorais sociais. Nas pastorais sociais estamos interessados na vida eterna? O horizonte da eternidade faz parte da minha vida? Nosso trabalho pastoral tem uma motivação de eternidade ou é imediatista? Fazemos o que fazemos por ser uma causa nobre, humanista, importante para a sociedade, para uma nova reconciliação? Nosso trabalho pastoral está para além disso, nossas ações pastorais têm um fundo de eternidade, pois quando cuidamos da ecologia integral e da casa comum, Deus nos responsabiliza e nos compromete com a vida eterna. Quando cuidamos daqueles que mais necessitam é para que eles tenham vida e que também cheguem à salvação. O elo que vincula o trabalho das pastorais sociais não são as ONGs, mas sim o Bom Pastor que dá a vida, e a vida em plenitude. A energia, a resistência e a esperança que movem este trabalho pastoral não vêm só da terra, vêm do céu e da Graça de Deus.

3- A reflexão sobre quem é meu próximo, não é somente aquele que temos vínculo e proximidade, mas de todo aquele de quem nos aproximamos. Como realizamos o trabalho pastoral direcionado ao nosso próximo: fazemos, mas não aproximamos? Tomamos as dores daqueles que acolhemos? Ou não nos aproximamos do próximo para evitar o sofrimento?

4- A compaixão não é um sentimento, é uma força motriz, uma virtude desencadeada pelo movimento que cria uma ação. Na aproximação do samaritano esta atitude está cheia de esvaziamento e disposição de sofrer junto com aquele que está à beira do caminho.

5- O resgate da identidade pastoral social: não somos voluntários, pois voluntário é aquele que faz a sua vontade e não pode receber ordens, ele faz o que quer. Somos “vocacionados” e fazemos a vontade daquele que nos chamou! Jesus entrega a humanidade ferida aos trabalhadores da hospedaria que somos nós.

6- A importância da Graça de Deus: este cuidado vem dos sacramentos, que são os remédios da graça para tratar as feridas da humanidade. É possível fazer pastoral social sem contar com a Graça de Deus? Temos consciência de que é a Graça que acompanha e possibilita a realização do trabalho pastoral? Qual o lugar que a Graça ocupa na nossa pauta social?

7-A parábola do samaritano está cheia de perguntas, porém no final termina com um mandamento: ‘Vai tu e faze o mesmo’ (Lc 10,37). “É precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode perceber, como dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo”. (FRANCISCO, Mensagem para a Quaresma de 2015. In:CF2020: Texto-Base, n.18).

Nossa manhã de espiritualidade encerrou com um delicioso almoço. Agradecemos ao Pe. José Rodrigo nosso assessor diocesano e à Paróquia Nossa Senhora das Graças pela acolhida e organização; ao Pe. Jean Poul por sua presença e condução de todos os trabalhos e também a presença de todos os assessores e coordenadores que estiveram conosco.

Jacqueline de Souza

Coordenadora Diocesana do CODIAS

Sky Bet by bettingy.com